Quando paro e penso neste mundo em que vivemos, o primeiro minuto é bastante pessimista, tem tragédias, catástrofes e crises, mas, depois de dez minutos sou dominada por pensamentos felizes, sonhos, e isso me enche de esperança. O que acontece do segundo minuto até o décimo é uma tempestade de perguntas que fazem minha cabeça fervilhar e me trazem dúvidas se meu sonho a partir do décimo minuto é possível de ser realizado.
Vanuatu, onde fica mesmo? Talvez esta seja a primeira pergunta que passou pela sua cabeça. Vanuatu é um país da região chamada Melanésia, no oceano Pacífico. Ocupa um arquipélago de 83 ilhas conhecidas como Novas Hébridas. Tem fronteiras marítimas com as Ilhas Salomão, Nova Caledónia e Ilhas Fiji. Fica à 2.500Km ao noroeste de Sydney, na Austrália.
Antes de conhecer o Butão, estava curiosa para entender como é a vida em um país que mede seu desenvolvimento com um Índice de Felicidade Interna Bruta. Cheguei no aeroporto toda ansiosa querendo saber mais sobre isso, e um guia me perguntou: “O que é felicidade para você?”
Em 1972, o 4º Druk Gyalpo declarou que a métrica para medir o progresso do país seria o GNH (Gross National Happiness) ou FIB: Felicidade Interna Bruta. Ele acreditava que, dentro de um período de 5 anos, se seu povo não fosse mais feliz do que antes da implementação do índice, seu plano teria falhado. A métrica foi sendo aprimorada e um conjunto de indicadores mais preciso vem sendo usado desde 2008.
Há padrões que são tradicionalmente chancelados pela sociedade que não mudam muito, apesar das constantes mudanças ocorridas nas últimas décadas. Namorar, ficar noivo, casar, comprar um apartamento, começar a poupança para chegada dos filhos, e assim por diante.
Em 2014 embarquei na maior aventura da minha vida, meu marido e eu resolvemos viajar pelo mundo por 530 dias. Após trabalhar por mais de treze anos no mundo corporativo na gestão de programas de voluntariado e projetos sociais, resolvi aproveitar um pouco da minha experiência para viabilizar esse sonho.
Vivemos em um mundo em que a tecnologia passou a dominar a forma de nos conectarmos com as pessoas. E o engajamento, de maneira geral, virou um dos principais desafios do mundo moderno. A era do excesso de informações dá voz a todos, mas faz com que nos percamos em nossos processos de escolhas devido à quantidade exorbitante de opções. O engajamento requer interação, envolvimento, é o famoso "jogar junto". Só que, para isso, é preciso querer participar do time.
Desde 2011 um dos artigos da Harvard Business Review trazia o seguinte título “Meaning is the new Money” (Significado é a nova moeda) e até hoje vivemos o desafio de lidar com esse tal “significado” na prática.
É comum ouvirmos falar sobre a importância de saber engajar pessoas. Qualquer projeto, ação, causa ou ideia precisa do envolvimento de pessoas comprometidas e engajadas para alcançar resultados e superar expectativas. É até simples dizer que engajamento é importante, colocar isso nas premissas do projeto, reforçar para as pessoas envolvidas na ação, estampar com letras garrafais no plano de ação, mas na prática as pessoas acabam esquecendo do básico.
E se você pudesse co-criar o futuro que emerge? Pode parecer estranho e difícil de identificar formas práticas de fazer isso. No meio corporativo então, aquele mais cético vai levantar a mão e dizer “não viaja”. Agora imagine um ambiente colaborativo, onde as ideias surgem de uma forma que fica até difícil de identificar seu autor, onde líderes conseguem enxergar soluções para os problemas mais complexos de serem resolvidos, deixando de pensar apenas em si mesmos e considerando o todo. Movendo-se do “Ego” para o “Eco”.
E se pudesse viajar pelo mundo por quase dois anos passando por diferentes países, buscando histórias e exemplos de quem faz a diferença, encarando realidades distintas, aprendendo com a pobreza e com a riqueza e enfrentando frente a frente as questões socioambientais que desafiam o Planeta em que vivemos? Esse era o dilema que passava pela minha cabeça em 2014 quando tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida ao sair de um emprego que eu adorava e tinha uma carreira promissora, trabalhando com sustentabilidade há mais de 10 anos.